Os primeiros resultados de congelamento e descongelamento de embriões datam de 1972 e foram utilizados embriões de camundongos. Atualmente, esses procedimentos se realizam com êxito em diferentes espécies de mamíferos.
A primeira gravidez em humanos resultante de embriões congelados e descongelados se deu em 1983. A partir dessa data, existem milhares de crianças nascidas através desse processo de reprodução assistida onde se utiliza a criopreservação de embriões.
O congelamento dos embriões é feito de modo gradativo, com soluções denominadas crioprotetoras, que são fundamentais para a sobrevivência dos embriões que desejamos congelar, até atingirem a temperatura ideal para serem armazenados em botijão de nitrogênio.
Até alguns anos atrás, a técnica utilizada para congelamento de embriões usava uma curva de congelamento muito lenta, na tentativa de evitar formação de cristais de gelo que poderiam destruir o embrião.
Hoje a técnica utilizada chama-se Vitrificação e usa uma curva ultrarrápida de congelamento. É considerada muito superior à técnica antiga.
Esses embriões podem ser congelados em diferentes estágios de desenvolvimento celular, desde em estado de pronúcleos até blastocisto, preferencialmente em estados exponenciais de mitose de 2, 4, 8 células. Nosso laboratório prefere congelar em estágio de blastocisto, pois assim já teremos selecionado os melhores embriões e seu número seria menor.
Estes embriões seriam utilizados posteriormente, quando deverá acontecer o processo de descongelamento, em que se removem estas substâncias crioprotetoras e os embriões voltam ao seu ambiente fisiológico natural e, assim, poderão ser transferidos para a paciente que deseja engravidar. Nem todo embrião sobrevive a este processo de congelamento/descongelamento. A taxa de sobrevida supera os 90%.
As taxas de gravidez com este processo continuam dependendo da idade da mulher no momento do congelamento, podendo igualar taxas de transferência de embriões frescos.